A ignorância continua. E como o disparate é apanágio dos aziados, a azia é generalizada e o disparate também, porque a liberdade assim o obriga.
A capa do Record, não é surpresa nenhuma, é do mais ridículo, do mais pobre, do mais redutor que há no pseudo-jornalismo desportivo português:"Um caso Sérvio".
Não fica bem maltratar uma pessoa que até teve uma exibição segura, por um erro que só demonstra alguma inexperiência e nervosismo perante um ambiente algo hostil. Se Ricardo fosse ainda o guarda-redes do Sporting, escrever-se -ia certamente, um caso Português. Pois claro.
Isto é quase é um caso psiquiátrico. Sempre pela negativa, sempre pelo medíocre. Em vez de enaltecer o bom jogo deste ou daquele, eleva-se a importância do negativo. Porque a azia assim o dita. Porque o "exterior da escrita" encobre a inveja. Porque esta é a cultura...
Na Bola, o "Porto mereceu o brinde". Mais uma vitória oferecida, leia-se. Mais um titulo negativo, mais um comentário para reduzir, com o intuito de encobrir o mérito.
Chamam a isto jornalismo. Eu chamo a isto ignorância. Incapacidade de libertação mental. Incapacidade de enobrecer o jornalismo, de ser imparcial, factual, justo.
Mas não se trata de justiça, trata-se de inveja e de pequenez.
2a circular, centralismo. Não porque seja o melhor para a nação, (alias é bem visível o que a falta de descentralização tem feito ao pais nos últimos anos), mas alimenta o ego do pobre de espírito, do complexado.
E é aqui que acabam todas as conclusões sobre esta casta invejosa que se diz portuguesa. Este povo é complexado. Este povo é triste, é acabrunhado.
E ao que levam os complexos e a tristeza?... À megalomania. Ao conceito de Dom Sebastião.
Todos os dias se enaltecem feitos nunca vistos, feitos não reais, todos os dias se da favoritismos a quem tem recordes negativos, todos os dias se elevam a heróis ilustres desconhecidos, todos os dias se elevam a Deuses e detentores da verdade os que vestem de Lisboa ao peito.
Sempre favoritos, sempre melhores, sempre "grandes" nas muitas derrotas. Sempre pequenos na atitude.
O caso do Benfica é naturalmente diferente do do Sporting.
Enquanto os feitos fantasma do Benfica enchem o ego da ignorância geral, os feitos fantasma do Sporting enchem a espaços o que os do Benfica não conseguem encher. O Sporting como sempre, continua a ser utilizado, instrumentalizado. Como foi na altura de Salazar.
Há coisas que são genéticas, outras vão-se entranhando no corpo. O hábito faz o monge.
Quando o Benfica se vê relegado para posição confrangedora, como tantas e tantas vezes tem acontecido nas ultimas 2 décadas, aparece o Sporting, qual Dom Sebastião, a defender a união nacional, a defender o espírito da nação, a ocupar o imaginário do triste invejoso.
...é uma espécie de memória colectiva, em que os desgraçadinhos se apoiam uns aos outros, nas horas difíceis, que são muitas.
Esta memória colectiva age como os grupos radicais, com palas e cegueira.
Por isso, coitados, não conseguem vislumbrar penalidades no último minuto em jogos no Dragão, golos em fora de jogo nos últimos minutos em jogos na Luz, nem Preudhomes a tirar bolas de dentro da baliza depois da marcação de cantos.
Mas conseguem ver golos fantasma em lances que depois de vistos e revistos por todas as cameras presentes no local, indiciam precisamente o contrario e agora conseguem também fazer juízos de valor, em relação às intenções deliberadas deste ou daquele, que deitam a bola para traz (atraso) na direcção do seu guarda-redes, que por sua a vez a agarra (falta passível de livre indirecto).
E é isto que estes tristes pseudo-jornalistas desportivos oferecem ao país, a oportunidade de um imaginário cheio daquilo que a cultura imbuiu no ignorante.
Que pobreza meus amigos.
Depois de um empate vergonhoso na Arménia e de mais uma medalha de ouro em campeonatos mundiais de atletismo. A escrita deita-se e acorda infeliz, com a inveja no outro lado da cama.
Porque os pobres alimentam-se assim, de palmadinhas nas costas, vitórias morais e umas sopinhas de milho. Porque grão a grão enche a galinha o papo e até um gato quando tem fome, come uns cereaizinhos.
O Porto esse, vai continuando, sofrido mas sereno, atacado mas firme, demasiado forte porque o Timoneiro não desarma, a ganhar vezes demais. Pelo meio vai representando o pais, com nobreza, e comendo uns bichos papões por essa Europa fora.
Nota do administrador: Porque há comentários que merecem ser posts, a partir de hoje, e quando for possível, colocarei em destaque comentários que ache que mereçam relevância. Vou assim tentar ampliar a voz de uma das maiores qualidades deste blog, os seus comentadores. E é com este excelente texto do Soren que inauguro este novo espaço no Varanda do Dragão. Espero que todos os outros que façam os excelentes comentários que vão aparecendo, e que por um motivo ou por outro eu não coloque em post, não percam a esperança de um dia os seus textos serem transformados numa das Vozes dos Dragões.
Pedia aos Varandas dos Dragões que se pronunciassem sobre esta nova iniciativa, já que afinal de contas é deles a autoria dos textos.
Post retirado do blogue Portistas da Bancada.